sábado, 9 de janeiro de 2016

[ ABELHA ] Conceitos básicos da apicultura ( Parte 9 ) Dicas, tratamentos.


            VÁRIOS MEDICAMENTOS/TRATAMENTOS 

 PÉSSIMO HÁBITO DE NÃO LER O RÓTULO
Uma das frases que mais se ouve entre os apicultores refere-se à ineficácia de determinados medicamentos: Sempre que morre ou enfraquece uma colónia a culpa é do medicamento utilizado.
Não quero dizer que não há maus medicamentos, mas a culpa muitas vezes tem a ver com a forma como são aplicados/utilizados. Muitos apicultores tal como os agricultores em geral têm o péssimo hábito de não ler o rótulo ou de não seguir as instruções do fabricante.
Na verdade que muitas vezes as instruções de utilização se referem a condições ideais, nem sempre iguais à realidade. Uma das mais frequentes é o aconselhamento a colocar uma tira acaricida entre o 2º e o 3º quadro, e a outra entre o 7º e o 8º, quando pode acontecer que as abelhas e demais criação não se encontrem no centro da colmeia. Numa situação destas, devemos confirmar a posição correcta da zona de criação e demais abelhas e tentar colocar cada uma das tiras acaricidas nos limites dessa zona.

Entre outras, a localização do apiário e a direcção de saída das abelhas tem influencia para qualquer tratamento.
Opte por tratamentos naturais.

Lembro que existem modos biológicos bastante eficientes.


VARROA
                                           






ALGUNS MÉTODOS DE CONTROLE
A luta contra a varroa tem envolvido o uso de uma série de acaricidas, que vão sendo substituídos por outros, há medida que o ácaro vai desenvolvendo resistência a novas descobertas. 
Varroa tem uma grande capacidade de fazer mutações, alterando suas rotas químicas processadas dentro do seu corpo, por outro lado o seu sistema de reprodução de fertilização obtida por estas mutações que acontecem com bastante frequência no outono, quando a reprodução diminui, mas existem cruzamentos fora da família.
 ACARICIDAS
 APISTANFluvalinato:
Acaricida molécula ativa por contato, muito pouco tóxico para as abelhas. Está no mercado para utilização na apicultura como preparado "Apistan ®". É uma molécula "copiada" da natureza, grupo inseticida natural pyrethrins, que a legislação da UE considera não-tóxico para o corpo humano e limite máximo de resíduos em produtos em contato.
Seu uso continuado tem levado ao surgimento de populações de varroa resistentes desse acaricida e outros em que o produto tenha perdido diferentes percentagens de eficácia.
Para evitar este problema fluvalinato foi substituída por uma molécula ligeiramente modificado, a ligação tau-fluvalinato, que é mais acaricida mas na mesma percentagem tóxico para as abelhas.
Devido aos problemas de resistência a sua utilização é recomendada apenas se estiver numa área onde as populações de varroa não são sensíveis a esta molécula. 

Encontra-se no mercado fazendo parte de uma série de acaricidas para uso agrícola não aprovados para utilização em apicultura. 

BAYVAROLFlumetrina:
Uma molécula de tau da mesma família química fluvalinato e actua do mesmo modo. É a base de uma outra preparação comercial contra a varroa presente no mercado mundial desde os anos 90.
Acrinathrin:
Molécula acrinathrin é uma outra família de piretróides, como os anteriores, que também é usado contra a varroa e age da mesma maneira. É também a base de uma série de acaricidas para utilização agrícola.

  
 AMITRAZ
Acaricida molécula activa de contacto, de uma família química muito diferente da anterior, que pode ser ligeiramente tóxico para as abelhas, especialmente em preparações artesanais. Está no mercado como o "APIVAR ®" preparado, registado para uso na apicultura.
apivarHasta 2005 foi também a base de uma série de acaricidas para uso agrícola, mas este uso foi proibido pela UE na sua linha de resíduos de pesticidas mais baixos no meio ambiente.  

 APIVAR ®
Para a apicultura, com base neles e usando gorduras, tais como vaselina obtendo preparações contra a varroa.
Tem uso mais ou menos generalizado, quando a falta de eficácia começou a aparecer nos tratamentos com fluvalinato é lógico pensar que de um momento para outro pode surgir perda de eficácia.
Amitraz pode deixar resíduos no mel e cera. 

São muito mais perigosos na cera e dai transfere-se para o pólen que serve de alimento as abelhas.
Estudos recentes sugerem que altos níveis de acaricidas acumulados na cera são responsáveis ​​pela baixa sobrevivência da população em algumas placas de cera. A legislação europeia estabelece um limite máximo de resíduos de amitraz em mel (LMR) de 200 ppb (partes por bilhão, 0,2 g de amitraz = 1.000.000 kg de mel). 


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TORNA-SE FUNDAMENTAL :


Dar informação ao apicultor, para poder fazer uma gestão ativa das suas colmeias, podendo decidir quais as melhores técnicas a utilizar em determinado momento de forma a manter a varroa controlada. Conhecer a dimensão da população de ácaros nas colmeias, de forma a poder tomar decisões em relação a aplicação do tratamento (tomar a decisão de tratar ou não tratar). Monitorizar a eficácia dos tratamentos realizados e verificar se a população de varroas depois do tratamento é suficientemente baixa para manter a colónia em segurança ou se é necessário fazer novo tratamento. Atualmente existem diferentes métodos de amostragem da população de varroas nas colónias, os quais podem ser utilizados de acordo com os objetivos de cada amostragem e do rigor exigido.

Queda natural tabuleiros de recolha

Este método consiste em colocar nas colmeias estrados com um fundo em rede, os quais vêm já preparados para levar um tabuleiro metálico onde são recolhidas as varroas que caem da colónia. Existindo variantes deste método, os tabuleiros plásticos que se colocam sobre o estrado dentro da colmeia, ou cartolinas impregnadas com vaselina, que também são colocadas sobre o estrado, as varroas que caem ficam presas na vaselina, impedindo que voltem para as abelhas.













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