Picadas de abelha podem arruinar uma aventura ou um
trabalho ao ar livre. O veneno encontrado numa abelha é mínimo, mas uma reacção
alérgica pode transformar uma picada de abelha em emergência ou até mortal. Mesmo
uma picada de várias abelhas muitas vezes não é causa de preocupação
a não ser que exista uma reacção alérgica da pessoa picada.
Fui picado! E agora?
Uma pessoa
alérgica vai apresentar os primeiros sintomas 3 a 4 minutos após receber a(s)
picada(s): pele avermelhada dificuldade em respirar e até desmaio. Nesses casos
os primeiros socorros devem ser prestados o mais rápido possível.
Remova o ferrão do inseto o mais rápido possível raspando
o local com algo que passe rente a pele, não tente retirar com os dedos pois a
pressão pode deslocar mais veneno para o sítio da picada.
Lave o local com água e sabão, esfregue várias vezes com
alho ou cebola, uma gota de lixivia, coloque uma compressa fria (gelo num
pedaço de pano ou saco plástico, e não diretamente sobre a pele). Mantenha a
compressa por 15 a 20 minutos, isso diminui o inchaço e propagação do veneno.
Mantenha a região da picada abaixo da linha do coração
(Sente-se evite deitar-se).
Procure sempre ajuda médica se a respiração ficar difícil,
se houver múltiplas picadas (mais de 15), ou se for alérgico. Muitas picadas podem
causar problemas nos rins, coração, língua, pode fechar as vias respiratórias e
danificar várias células porque o veneno é um das toxinas mais potente
encontrado na natureza em caso de grandes ataques com mais ou menos 500 picadas
a quantidade de veneno é comparado a um ataque de serpente.
Em época de tratamentos com pesticidas os ataques são
mais ferozes e tóxicos.
Resumido:
Procure tratamento se sentir:
Comichão, erupções cutâneas, suores, vómitos,
náuseas, pulso fraco, palidez e dificuldade ao respirar.
Se o seu propósito do dia é trabalhar com
abelhas, leve consigo o equipamento completo, de ter acesso rápido a uns dentes
de alho e um frasquinho com lixivia.
Recordo que a abelha é
defensiva e não agressiva.
PRECISAVA DE SER PICADO
Um estudante de doutoramento deixou-se picar por abelhas
190 vezes, como parte de uma experiência para determinar em que parte do corpo
a dor é mais forte.
Michael L. Smith estava a estudar abelhas no
doutoramento quando uma entrou pela sua roupa interior e o picou numa parte
delicada do corpo. O investigador resolveu transformar a dor em algo mais
produtivo e fez de si mesmo uma espécie de rato de laboratório.
A intenção, conta Michael Smith, da conceituada Cornell
University, em Nova Iorque, era fazer uma pergunta bastante básica: “A parte do
corpo em que se é picado influencia o nível de dor que se vai sentir? A
resposta é definitivamente sim”.
Em entrevista à radio 5 Live, da BBC,
Smith contou ter escolhido 25 partes de seu corpo e deixou que as abelhas o
picassem, classificando a dor sentida segundo uma escala de 1 a 10.
Os resultados estão num artigo publicado na PeerJ.
Onde dói mais?
Apesar de se ter sujeitado a picadas até mesmo nas partes
íntimas, Michael Smith afirma que a área mais sensível de todas foi
a narina, em particular a parte interna do nariz. Em segundo, ele listou
o lábio superior e, apenas em terceiro, o corpo do pénis. O
estudo exigiu não apenas empenho, mas também muita coragem. “Eu segurava a
abelha pelas asas e colocava-a no local que precisava ser picado, e em poucos
segundos sentia a picada. Não é necessário aplicar ciência complexa para que
uma abelha nos pique, elas fazem-no quando são provocadas.” De acordo com a
pesquisa, as partes menos dolorosas foram o crânio, a ponta do dedão
do pé e a parte superior do braço. Na eventualidade de algum amador
excêntrico querer repetir o experimento de Smith, ele adverte: “Quando és
picado na narina, todo o corpo reage… Eu não recomendaria.”
Michael Smith,
investigador da Universidade de Cornell.
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