Abelhas
são insectos voadores, conhecidos pelo seu papel na polinização, mas produzem :
MEL
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VARIEDADE EM PORTUGAL |
A origem botânica do mel é algo que é esquecida, tanto pelos apicultores como pelo próprio consumidor. Este último desconhece a variedade de mel mon floral que poderá existir em Portugal, restringindo-se a "mel escuro" e "mel claro". O mel escuro geralmente obtido em zonas de montanha. Destes, é distinguido o mel de urze ( Torga, Erica spp.), que em “contra luz” tem uma cor avermelhada flui lentamente, tem um gosto leve e bastante aroma. Mas também é possível obter mel mon floral de castanheiro e de melada. Este último é obtido dos Quercus spp. (azinheiras e carvalhos). A abelha aproveita estas exsudações açucaradas que são provenientes da bolota ou das plantas, ou ainda das excreções açucaradas de certos afídios que sugam a seiva elaborada destas plantas. Este mel é bastante apreciado em países como a Alemanha, em que o seu preço pode atingir quase o dobro do mel de néctar. Um outro mel que é escuro e que pode ser obtido em zonas de baixa altitude é do tomilho (Thymus spp.). Este mel é obtido em zonas calcárias como é o caso das Serras de Aires e de Candeeiros e Serra de Sicó (centro de Portugal).
O mel claro geralmente originário do rosmaninho (Lavandula stoechas), da laranjeira (Citrus spp.) e do girassol (Helianthus annus). Este mel predomina no Sul de Portugal, embora o mel de rosmaninho possa ser obtido na Terra-Quente Transmontana. Ainda é possível produzir o mel de soagem (Echium spp.), no entanto este mel não é valorizado pelos apicultores.
Outro mel mon floral poderá ser obtidos em Portugal possui uma cor intermédia. O mel de eucalipto é geralmente produzido no litoral (em especial do cabo Mondego para norte) e possui uma cor âmbar. Durante o fluxo de néctar do eucalipto é possível produzir, em média, 50 a 70 kg de mel. Outro mel com interesse na produção apícola é o de silvas (Rubus spp.). Embora este mel seja desvalorizado a nível nacional, os “nuestros hermanos” galegos souberam aproveitar este mel para ser um dos “postais” da Indicação Geográfica Protegida (IGP) da Galiza. Outro mel que é por vezes aproveitado para produção de aguardentes é o de Medronheiro (Arbutus unedo). Infelizmente, este mel não chega facilmente à nossa mesa, devido à sua difícil extracção durante o Inverno. É um mel que tem a peculiaridade de ser amargo mas é bastante valorizado nos países do norte da Europa.
O mel, mesmo guardado por anos, não perde seu sabor. Ele muda de textura, pode ficar mais espesso e chegar a ficar sólido, porém não fica azedo.
Natural contém ferro, cobre, magnésio, fósforo e potássio, entre outros nutrientes, além de 20% a 30% de água.
Substitua açúcar por mel:
Cada 1g de açúcar que consome é convertido em 2g de gordura corporal. Cortar no açúcar e adoçantes artificiais substitui-los por mel, é mais saudável.
Porém não exagere na quantidade de mel.
CERA
O que é a Cera de abelha.
É uma substância oleosa,que se solidifica em forma de
lâminas delgadas, quase transparentes, que é amassada e "triturada" antes de
ser depositada pelas abelhas nos favos em construção.
A cera de abelhas é tão antiga quanto a própria história
das abelhas e da sua exploração pelo homem.
Conhecida desde a mais remota antiguidade, era usada,
dentre outras inúmeras aplicações, como pagamentos de tributos, taxas e multas.
Em 181 D.C. , Córsega pagava a Roma um tributo anual de 38 toneladas de cera.
Pesquisadores acreditam que no Egito as mulheres usavam
uma solução de Cera de mel apara depilar braços e pernas. Foram encontrados
blocos de cera inalterados em túmulos egípcios e em navios naufragados.
Produção de Cera
A cera é produzida
por seis pares de glândulas cerígenas que se localizam no abdomen de abelhas
jovens entre 10 a 18 dias de vida. Elas ingerem mel e pólen, excretam após 24
horas uma minúscula escama de cera de coloração branca.Essas glândulas
ceríferas secretam a cera de forma líquida dissolvida em uma substância
volátil, que na superfície externa do tegumento se evapora, deixando as placas
de cera. Para a produção de meio quilo de cera são necessários de 3 a 4 quilos
de mel. A cera do favo é composta principalmente pela mistura de
hidrocarbonetos, ésteres complexos e dos ácidos livres e palmítico. Cada placa
é feita de umqa ou mais secreções possuindo uma espessura de 0,6 à 1,6 mm com
peso médio de 1,3 mg. Para construção de um único alvéolo há o envolvimento de
centenas de abelhas operárias, sendo que cada abelha pode manter-se em
atividade de construção por aproximadamente 1 minuto. Para a secreção da cera é
necessário fatores ambientais, tais como: temperatura no grupo de abelhas de 33
a 36°C em média; presença de abelhas com idade de 12 a 18 dias, alimentação
abundante e a necessidade da construção de favos.
Quando a
temperatura ultrapassa esse número as abelhas operárias vão a entrada da
colméia e em conjunto batem suas asas para que essa diminua a temperatura.
Utilidade da cera
Ela é muito usada
na indústria química para encerar aviões, carros, madeiras, lonas, na
fabricação de tintas que lhe confere uma fixidez absoluta e resistência, na produção de velas, e como lubrificante de peças, entre outras
aplicações. Na indústria cosmética é utilizada para a fabricação de batons e
cremes, na de alimentos em goma de mascar e na proteção de queijos, além de ser
largamente empregada na construção de figuras nos museus de cera.A cera foi
muito valorizada no passado, porém passou por um período de depreciação, sendo substituída por ceras sintéticas, que possuem um custo menor.A cera de abelha é
considerada um subproduto apícola, não havendo estímulo para a sua produção,
somente para a extração e comercialização.Contudo, muitos apicultores,
principalmente de regiões onde o período de produção é curto, necessitam
incentivar a produção de cera antes do início da florada para que as abelhas
possam puxar os quadros de cera moldada, preparando os enxames para o período
produtivo. Desta forma o apicultor utiliza placas de cera e prepara as caixas,
facilitando o trabalho das abelhas e aumentando a produção de mel, visto elas ingerem 3 a 4 Kg de mel para produzir1/2 Kg de cera.
Uma colmeia fabricada pelo ser humano deve seguir rigorosamente as mesmas medidas
que as abelhas adoptam para a construção de seus favos. Pois as abelhas preencherão todo o espaço desnecessário gastando tempo que poderia ser usado na
fabricação de mel.
Tipos de cera
Tipos de cera
De origem:
Mineral, por exemplo, a ceresina e parafina, sintética, obtida de óleos originários do petróleo, as de origem vegetal, como a cera de carnaúba, e as ceras de origem animal, das quais, a mais conhecida é a cera de abelhas, produto de consistência plástica, de cor amarelada, muito fusível, que é secretado pelas abelhas para formação dos favos
nas colmeia.
Cera de abelhas bruta:
Quando não tiver sofrido qualquer processo de purificação, apresentando cor desde o amarelo até o pardo, untuoso ao tato, mole e plástica ao calor da mão, granulosa, odor lembrando o do mel, sabor levemente balsâmico e ainda com traços de mel.
Cera de abelhas branca ou pré-beneficiada:
Quando tiver sido descolorida pela ação da luz, do ar ou por processos químicos, isenta de restos de mel, apresentando-se de cor branca ou creme, frágil, pouco untuoso e de odor acentuado.
DERRETER CERA DE ABELHA.
Aqui apresento equipamentos simples e baratos
que qualquer apicultor pode ter para derreter cera de uma forma menos trabalhosa
do que os métodos tradicionais, ou seja derreter a cera com
água, passar por uma peneira ou pano, retornar ao fogo novamente, etc.
1ºCONSTRUÇÃO
Aquisição de 2 tambores, um com diâmetro
ligeiramente menor.
O de
menor diâmetro fura-se na parte de cima e solda um cano galvanizado de ¾ conforme
a figura, serve para atestar água, servir de respiro para não rebentar e formar
vapor.
Solda-se o tambor maior na vertical e ligeiramente
no diâmetro ao debaixo.
Colocar no tambor de cima rede com malha de 2
a 3 mm para filtragem da cera, deve ser móvel para facilitar a limpeza.
Colocando a cera na parte do tambor superior.
(Essa cera deve ficar abaixo da abertura do cano para evitar a penetração de
cera na água) Fechar o tambor e acender o fogo.
A água irá aquecer formando o vapor que sairá
através do cano batendo na tampa e voltando para a cera aquecendo e derretendo
a mesma, passando pelo filtro e saindo para o balde já praticamente limpa.
Tenha
atenção para não se queimar com o vapor quando tirar a tampa.
2º CONSTRUÇÃO
Faz-se uma caixa de madeira totalmente fechada
com alguma inclinação.
A tampa é feita com dois vidros de 4 ou 5 mm,
separados um do outro em aproximadamente 10 mm.
Na parte interna coloca-se uma chapa que deve
ser galvanizada, alumínio ou inox que acompanha a inclinação da tampa, e, na
parte mais baixa coloca-se um recipiente (colocando no cimo uma rede com malha
de 2 a 3 mm) que pode ser de chapa ou madeira onde irá receber a cera
derretida.
Deve-se pintar toda a caixa principalmente na
parte interna de cor preta para obter maior concentração de calor.
Coloca-se a cera sobre a chapa, fecha a tampa
e colocar diretamente ao sol. Os raios solares penetram pelo vidro formando uma
temperatura alta a cera é totalmente derretida.
A cada 2 horas rode a caixa para ir recebendo
os raios solares diretos.
Este
processo fica mais económico, só que derrete menos quantidade de cera de uma só
vez, os favos velhos demoram mais tempo a derreter.
PÓLEN
Os grãos de pólen são pequenas unidades de reprodução das plantas floríferas. Eles são transferidos de uma planta para outra (processo chamado polinização), através do ar, água e vários animais e insetos, entre eles as abelhas.
Coloração varia entre tons de amarelo (a maioria), castanho, verde e cinza.
Pólen possui uma grande importância na alimentação das abelhas, pão da abelha única fonte de proteínas, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais sem os quais as abelhas não teriam condições para desenvolver satisfatoriamente os seus órgãos e glândulas, visitam as flores para colher o pólen que adere aos pelos contidos nas pernas e corpo. Considerado verdadeiro alimento também humano, uma vez que além de fornecer nutrientes auxilia o organismo no combate e prevenção de doenças.
A Geleia Real 100% pura tem a aparência cremosa,
acentuadamente ácida, cheiro e sabor fortes, cor e consistência do leite
condensado e nada parecida com o Mel. Produzida pela secreção glandular de
abelhas operárias jovens, de poucos dias, é destinada exclusivamente à
alimentação das larvas e da rainha. Um alimento mágico que, de tão rico em
aminoácidos, minerais antioxidantes, vitaminas A, C, E e do complexo B,
beneficia pele, cabelos e reforça a imunidade do organismo. Composição Química
da Geleia Real – Amostra de 100gr: Tiamina (Vitamina B1) – 690.0 mcg; Ác.
Pantotênico (Vitamina B3) – 15.453.3 mcg; Piridoxina (Vitamina B6) – 1.833.6
mcg; Biotina – 114.0 mcg; Ác. Fólico – 40.0 mcg; Vitamina B12 – 445.3 mcg;
Inositol – 11.000.0 mcg; Acetil Colina – 95.8000.0 mcg; Vitamina C -
8.929.9 mcg; Vitamina A - 349.9 ug; Vitamina D – 66.6 ug; Vitamina E –
1.933.3 ug; os mais importantes sais minerais: fósforo (0,67 g), azoto (0,58
g), enxofre (0,38 g), cálcio, ferro, manganês, potássio, magnésio; Água 24,15
gr entre outros.
EXTRAÇÃO DA GELEIA REAL
A geleia real pode ser extraída das células reais ou
dos quadros porta cúpulas com uma espátula de aço inoxidável, que é passada
contra a parede da célula, raspando-se. Deve ter cuidado para não raspar
algumas porções de cera recolhidas junto com a geleia, diminuindo sua
qualidade.
O produto extraído de cada cúpula deve ser
transferido para um recipiente de armazenamento de maior tamanho, ou pode ser
colocado diretamente na embalagem de comercialização geralmente vidros opacos.
É muito importante que saiba que a geleia real não é
considerada um remédio, mais sim um alimento concentrado, que utilizado da
maneira correta é eficaz para o crescimento, a longevidade e a reprodução.
Opções simples
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