quarta-feira, 29 de junho de 2016

[Mate-fome] DA MINHA PARTE.

  NUNCA SE ATREVEU A FAZER ?

 Li uns livros, pesquisei na Internet e simplesmente tentei. As primeiras tentativas não saíram mal mas foi uma atrapalhação: gerir panelas ao lume ao mesmo tempo, lavar a fruta, esterilizar os frascos e manter limpos, quentes e secos, deixar derreter bem o açúcar, caso contrário o doce cristaliza, não deixar queimar, não mexer demasiado, fazer o teste do prato para ver se o preparado já gelificou, voltar a deixá-lo ferver violentamente mais 5 minutos, fazer novamente o teste, não e fácil. E depois deitar a mistura para dentro dos frascos, não os encher nem de menos nem de mais, limpar os gargalos, pôr as tampas, enroscá-las bem, e ferver os frascos cheios durante 10 minutos. A prática ajuda, hoje já tudo isto é fácil. Comecei por pôr um prato no congelador. Lavei os frascos e esterilizei-os dentro de uma panela com água a ferver durante 15 minutos e depois secar dentro do forno a 150ºC. A panela com água vai ser necessária no final por isso o melhor é baixar o lume mas manter a água quente. As tampas não podem ser fervidas porque se estragam: depois de bem lavadas, o melhor é pô-las dentro duma tigela e, na fase final, cobri-las com água quente (as tampas devem estar quentes para ajudarem a criar vácuo dentro dos frascos).

  FRAMBOESA E…


Lavei 1 kg de framboesa  coloquei dentro duma  panela muito larga, o que facilita a evaporação da água, e o fundo é bastante grosso, o que evita que os doces se queimem e esmaguei-as com um daqueles instrumentos para fazer puré de batata. Em seguida, deitei lá para dentro 1 kg de açúcar (usei 500 g de açúcar refinado comum e 500 g de um açúcar com pectina.) Neste caso usei pectina porque as framboesa têm muito pouca pectina natural; no caso das groselhas e das maçãs, laranjas e outras frutas por exemplo, não é preciso adicionar pectina. Em lume baixo, mexi a mistura até o açúcar ter derretido completamente. Quando deixei de ver cristais de açúcar na colher de pau, juntei o sumo de um limão e aumentei o lume para o máximo e deixei a mistura ferver durante 10 minutos, mexendo de vez em quando mas não demasiado. Ao mexer estamos a favorecer a evaporação da água, mas simultaneamente a baixar a temperatura, e queremos que a temperatura seja bastante alta para que o doce gelifique. Ao fim de 10 minutos tirei a panela do lume e fiz o teste do prato: pus um bocado de doce no prato frio (aquele que estava no congelador), pus o prato no frigorífico, esperei 2 minutos e depois empurrei o doce com o dedo. Se o doce fizer rugas, significa que está pronto! Se continuar líquido, há que voltar a ferver e ir testando de 5 em 5 minutos.
Retirei toda a espuma que se formou na superfície e deixei o doce descansar durante 5 minutos, para que ele arrefecesse um bocado; caso contrário, quando o deitasse para dentro dos frascos as sementes viriam todas à superfície. Com a ajuda de um funil de boca larga enchi os frascos quase até à superfície. Limpei os gargalos, enrosquei as tampas (quentes e bem secas) e pus os frascos dentro daquela primeira panela com água a ferver. Ao fim de 10 minutos, tirei-os lá de dentro e coloquei os em cima de um pano da loiça dobrado, onde os deixei a arrefecer durante toda a noite. Na manhã seguinte, limpei-os e pus-lhes umas etiquetas. Se algum frasco tiver transbordado ou não tiver feito vácuo, há que o pôr imediatamente dentro do frigorífico. Todos os outros aguentam um ano num sítio escuro, fresco e seco, como uma despensa. Parece muito trabalhoso mas é um processo bastante simples.


  Já ouviu falar do bolo do Caco? 
 Nunca se atreveu a fazer este famoso bolo?
 Aqui fica como o preparar o bolo  de forma tradicional. Siga a receita, vai gostar do resultado final.

COM:
2kg de farinha
1/2kg de fermento de padeiro
1/2Kg de batata (batata doce)
Sal e água q.b.
Modo de preparação do Bolo do Caco:
Comece por cozer as batatas e esmague-as.
Depois põe-se a farinha num alguidar e faz-se um buraco no meio.
Deita-se o fermento e desfaz-se em água morna com sal.
Junta-se a batata bem esmagada, mistura-se tudo e amassa-se muito bem.
Formam-se de seguida bolas com a massa, espalme com espessura de 3cm e deixe levedar bem. (duas horas)
 Assim que levedarem, cozem-se individualmente no caco ( optei  por placa de barro encima do bico do fogão) voltando dos lados e rodando até ficarem leves e bem cozidas.

Uma dica importante para que o seu bolo do Caco fique bem da forma tradicional, terá ter o especial cuidado de aquecer previamente o caco (placa). Pode parecer pouco importante mas dá outro resultado ao bolo se a placa estiver quente quando lá colocar as bolas!
Minha avó cozia este bolo na telha serrana no fogo de lenha.
   Bom apetite. Já agora, recheio com queijo da serra e presunto.


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