NUNCA SE ATREVEU A FAZER ?
Li uns livros, pesquisei na Internet e
simplesmente tentei. As primeiras tentativas não saíram mal mas foi uma atrapalhação:
gerir panelas ao lume ao mesmo tempo, lavar a fruta, esterilizar os frascos e
manter limpos, quentes e secos, deixar derreter bem o açúcar, caso contrário
o doce cristaliza, não deixar queimar, não mexer demasiado, fazer o teste do
prato para ver se o preparado já gelificou, voltar a deixá-lo ferver
violentamente mais 5 minutos, fazer novamente o teste, não e fácil. E depois
deitar a mistura para dentro dos frascos, não os encher nem de menos nem de
mais, limpar os gargalos, pôr as tampas, enroscá-las bem, e ferver os frascos
cheios durante 10 minutos. A prática ajuda, hoje já tudo isto é fácil. Comecei
por pôr um prato no congelador. Lavei os frascos e esterilizei-os dentro de uma
panela com água a ferver durante 15 minutos e depois secar dentro do
forno a 150ºC. A panela com água vai ser necessária no final por isso o melhor
é baixar o lume mas manter a água quente. As tampas não podem ser fervidas
porque se estragam: depois de bem lavadas, o melhor é pô-las dentro duma tigela
e, na fase final, cobri-las com água quente (as tampas devem estar quentes para
ajudarem a criar vácuo dentro dos frascos).
Lavei
1 kg de framboesa coloquei dentro duma panela
muito larga, o que facilita a evaporação da água, e o fundo é bastante grosso,
o que evita que os doces se queimem e esmaguei-as com um daqueles instrumentos
para fazer puré de batata. Em seguida, deitei lá para dentro 1 kg de açúcar
(usei 500 g de açúcar refinado comum e 500 g de um açúcar com pectina.) Neste
caso usei pectina porque as framboesa têm muito pouca pectina natural; no caso
das groselhas e das maçãs, laranjas e outras frutas por exemplo, não é preciso
adicionar pectina. Em lume baixo, mexi a mistura até o açúcar ter derretido
completamente. Quando deixei de ver cristais de açúcar na colher de pau, juntei
o sumo de um limão e aumentei o lume para o máximo e deixei a
mistura ferver durante 10 minutos, mexendo de vez em quando mas não
demasiado. Ao mexer estamos a favorecer a evaporação da água, mas
simultaneamente a baixar a temperatura, e queremos que a temperatura seja
bastante alta para que o doce gelifique. Ao fim de 10 minutos tirei a panela do
lume e fiz o teste do prato: pus um bocado de doce no prato frio (aquele que
estava no congelador), pus o prato no frigorífico, esperei 2 minutos e depois
empurrei o doce com o dedo. Se o doce fizer rugas, significa que está pronto!
Se continuar líquido, há que voltar a ferver e ir testando de 5 em 5
minutos.
Retirei toda a espuma que se formou na superfície e deixei
o doce descansar durante 5 minutos, para que ele arrefecesse um bocado; caso
contrário, quando o deitasse para dentro dos frascos as sementes viriam todas à
superfície. Com a ajuda de um funil de boca larga enchi os frascos quase
até à superfície. Limpei os gargalos, enrosquei as tampas (quentes e bem secas)
e pus os frascos dentro daquela primeira panela com água a ferver. Ao fim de 10
minutos, tirei-os lá de dentro e coloquei os em cima de um pano da loiça dobrado,
onde os deixei a arrefecer durante toda a noite. Na manhã seguinte, limpei-os e
pus-lhes umas etiquetas. Se algum frasco tiver transbordado ou não tiver feito
vácuo, há que o pôr imediatamente dentro do frigorífico. Todos os outros
aguentam um ano num sítio escuro, fresco e seco, como uma despensa. Parece
muito trabalhoso mas é um processo bastante simples.
Já ouviu falar do bolo
do Caco?
Nunca se atreveu a
fazer este famoso bolo?
Aqui fica como o preparar o bolo de forma tradicional. Siga a receita, vai
gostar do resultado final.
COM:
2kg de farinha
1/2kg de fermento de padeiro
1/2Kg de batata (batata doce)
Sal e água q.b.
1/2kg de fermento de padeiro
1/2Kg de batata (batata doce)
Sal e água q.b.
Modo de preparação do Bolo do Caco:
Comece por cozer as batatas e esmague-as.
Depois põe-se a farinha num alguidar e faz-se um buraco no meio.
Deita-se o fermento e desfaz-se em água morna com sal.
Junta-se a batata bem esmagada, mistura-se tudo e amassa-se muito bem.
Formam-se de seguida bolas com a massa, espalme com espessura de 3cm e deixe levedar bem. (duas horas)
Assim que levedarem, cozem-se individualmente no caco ( optei por placa de barro encima do bico do fogão) voltando
dos lados e rodando até ficarem leves e bem cozidas.Comece por cozer as batatas e esmague-as.
Depois põe-se a farinha num alguidar e faz-se um buraco no meio.
Deita-se o fermento e desfaz-se em água morna com sal.
Junta-se a batata bem esmagada, mistura-se tudo e amassa-se muito bem.
Formam-se de seguida bolas com a massa, espalme com espessura de 3cm e deixe levedar bem. (duas horas)
Uma dica importante para que o seu bolo do Caco fique bem da
forma tradicional, terá ter o especial cuidado de aquecer previamente o caco
(placa). Pode parecer pouco importante mas dá outro resultado ao bolo se a
placa estiver quente quando lá colocar as bolas!
Minha avó cozia este bolo na telha serrana no fogo de lenha.
Bom apetite. Já agora, recheio com queijo da serra e presunto.
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