PROCESSO EVOLUTIVO DO AUTOMÓVEL
Podemos dizer que ninguém inventou o automóvel. Este resultou
de um processo evolutivo de um conjunto de várias invenções e assim se chegou à carruagem puxada a cavalos, na qual foi montado um motor a vapor, e o triciclo
do século XIX, que não era mais que uma bicicleta com uma roda a mais que lhe conferia
maior estabilidade. Com o passar do tempo os carros foram perdendo a sua
semelhança com a carruagem.
Foram numerosas as influências que condicionaram a atual
forma do carro. Técnicos, artistas e legisladores, obedecendo aos ditames da
física e da matemática, da estética e da segurança, tiveram todo o seu papel.
Poucos daqueles que participaram inicialmente do processo de evolução do carro
poderiam ter imaginado o que iria resultar dos seus esforços no período de um
século.
Desde o seu aparecimento, em consequência de experiências
casuais de pequenos grupos de inventores, o automóvel evoluiu de tal maneira que
veio a transformar a sociedade. Tendo conseguido inicialmente o objecto de
diversão ao alcance apenas do capricho das classes mais ricas, converteu-se num
benefício para milhões de pessoas, num meio de locomoção essencial.
Na origem do carro encontra-se o motor de combustão
interna; o primeiro exemplar foi construído em 1860 pelo inventor Étienne Lenoir. A partir de
então, chegou-se rapidamente ao que há de fundamental no modelo de um automóvel.
Primeiras experiências
Experiências isoladas, realizadas em toda a Europa ao
longo das décadas de 1860 e 1870, contribuíram para o aparecimento de algo
muito semelhante ao carro atual. Uma das mais significativas foi a invenção de
de um pequeno automóvel impulsionado por um motor a 4 tempos, construído por Siegfried Markus, em Viena,
em 1874. Os motores a vapor, que queimavam o combustível fora dos cilindros,
abriram caminho aos motores de combustão interna, que queimavam no interior dos
cilindros uma mistura de ar e gás de iluminação. O ciclo de 4 tempos foi
utilizado com êxito pela primeira vez em 1876, num motor construído pelo
engenheiro alemão Conde Nikolaus Otto.
Neste motor o combustível era comprimido antes de ser inflamado, o que
resultava um considerável aumento de rendimento do motor.
Ao utilizar como combustível gasolina em vez de gás,
conseguiu-se que o motor dispusesse de uma alimentação de carburante
independente; a partir de então, pôde converter-se em objecto móvel com evolução constante.
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