O abdómen de uma abelha tem um apêndice notável, o ferrão,
que é um ovipositor, ou um depositador de ovo modificado. O ferrão possui
uma bolsa de veneno com lancetas afiadas, que injetam o veneno
que a abelha produz usando glândula própria. Muitos cientistas acreditam que as
abelhas herdaram o veneno de suas ancestrais parecidas com vespas, que usavam
os ovipositores para depositar ovos nos corpos de outros insetos. Por fim, as substâncias
que revestiam o ovipositor se tornaram venenosas, o que facilitou o domínio das
presas pelas vespas pré-históricas. As abelhas não depositam ovos na carne, mas
mantiveram a habilidade de picar para se defender. Algumas abelhas, no entanto,
não possuem ferrões. Os ovipositores são os órgãos reprodutivos das fêmeas;
assim, os zangões geralmente não podem picar. Também existem várias espécies de abelhas
sem ferrão. Várias espécies de abelhas domésticas têm ferrões farpados,
que grudam nos corpos de mamíferos e puxam parte de seu abdómen quando voa
para longe. Como resultado, a abelha morre. As abelhas com ferrões farpados muitas
vezes podem picar outros insetos sem se machucar. As abelhas rainhas domésticas
e as abelhas de muitas outras espécies, inclusive as grandes e muitas das
solitárias, têm ferrões lisos e podem picar mamíferos várias vezes. Além do
veneno, as abelhas produzem uma série de substâncias úteis em suas glândulas localizadas
por todo o corpo. Os tipos de glândulas variam consideravelmente, dependendo da
espécie da abelha e da maneira como vivem.
O veneno da abelha contém várias substâncias que destroem as células.
Isso inclui peptídeos e enzimas que invadem e destroem a
camada de gordura que reveste cada célula. O veneno também destrói os mastócitos da
pele que fazem parte do sistema imunológico do corpo, isso libera histamina,
que estimula a dilatação dos vasos sanguíneos e permite que as células
imunológicas cheguem ao local da picada mais rapidamente e neutralizem o
veneno. Em pessoas com alergia à picada de abelha, no entanto, esse
processo libera muita histamina. A resposta de dilatação dos vasos sanguíneos é
extrema e não conseguem realizar suas funções de regular a pressão sanguínea.
Como resultado, a pressão sanguínea baixa rapidamente e as células param de
receber oxigénio, também causa inchaço e espasmos e pode levar à morte. O
tratamento típico é uma injeção de epinefrina, que contrai os vasos sanguíneos
ajudando a restabelecer a pressão sanguíneas e a distribuição de oxigénio.
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